Biodiversidade Marinha

Explorando o oceano aberto: O oceano aberto é o maior habitat deste planeta.




Explorando o oceano aberto



O oceano aberto é o maior habitat deste planeta. Esta chamada "área pelágica" é o lar de pequenos organismos de plancton, medusas, lulas, peixes, tartarugas e mamíferos marinhos. Mas a profundidade e a largura do oceano dificultam a exploração desta zona. Graças aos desenvolvimentos tecnológicos recentes, a ciência está cada vez mais capaz de examinar essa zona melhor e até explorar o oceano bem mais abaixo da superfície da água.

Medindo o mar profundo: como e por quê?



Um sistema de câmera rebocada denominado PELAGIOS ("Pelagic In-Situ Observation System") foi rebocado atrás de um navio de pesquisa e utilizado para realizar transectos de vídeo para investigar a distribuição, abundância e diversidade de organismos pelágicos. "Estamos usando pela primeira vez o sistema de câmera abaixo de 1000 metros na zona batipelágica, que é o maior mas menos explorado ambiente do planeta. Deste modo, esperamos obter uma das primeiras visualizações deste ecossistema pelágico profundo do Atlântico tropical", enfatiza Henk-Jan Hoving, responsável do projeto financiado pelo "Future Ocean".

Trabalhando juntos, percebendo o oceano



O Atlântico nordeste tropical e subtropical é uma região muito interessante para cientistas climáticos, biólogos marinhos, oceanógrafos e cientistas de muitas outras disciplinas. É por isso que pesquisadores do GEOMAR e do "Future Ocean" têm sido ativos nesta região desde 2006. Em cooperação com colegas da República de Cabo Verde, tem sido realizados estudos científicos físicos e biogeoquímicos contínuos para coletar dados no Observatório Oceânico de Cabo Verde (CVOO), localizado no norte da ilha de São Vicente. Essas observações regulares e de longo prazo são cruciais para obter uma melhor compreensão da estrutura e funcionamento do ecossistema local e para documentar possíveis mudanças devido a mudanças climáticas ou outros impactos antropogênicos.

Montes submarinas: Hotspots da biodiversidade



Os montes submarinos são oásis dos oceanos: eles formam ecossistemas diversos e fornecem habitats para varios organismos. Porém, os vínculos entre os processos físicos, biológicos e biogeoquímicos que cercam os montes submarinos são ainda enigmáticos. Durante uma expedição internacional com o navio de investigação alemão MARIA S. MERIAN, liderada pelo "GEOMAR Helmholtz Centre for Ocean Research Kiel", foi estudado um monte submarino próximo das ilhas de Cabo Verde. Com vários métodos diferentes decorrendo em paralelo, os pesquisadores queriam observar o oceano ao redor do monte submarino. Eles instalaram um observatório no seu pico, que coleta dados por vários meses. As medições ajudam a compreender melhor os processos nesta região oceânica e fornecem informações sobre possíveis mudanças como resultado das mudanças climáticas globais.